Friday, September 29, 2006

Porto Alegre, 16 de setembro de 2006.

O que eu entendo por Currículo e por Didática? Pesquisando entendo que o termo currículo aparece pela primeira vez com o significado de
planificação do ensino na obra de Bobbit “The curriculum” em 1918.
A princípio, didática e currículo se desenvolveram de forma paralela
sem a interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes.
Somente a partir dos anos 60 o currículo começa a formar parte do campo da didática, alternando-se sua incumbência segundo predomine uma forma ou outra de entender a educação e a didática.
A tendência atual considera imprescindível uma integração entre currículo e didática, esta, favorecendo o trabalho de aula.
Os estudos curriculares tendem a aspectos mais globais, expondo como
se realiza a seleção e organização do conhecimento e como esse proces-
so de seleção não é neutro, favorecendo a certos grupos frente a outros.
O enfoque curricular há de ampliar o “que”, o “porque”, o “para que” e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas, sempre colocando no centro de suas considerações o aluno. Para que estes conteúdos curriculares cumpram seu objetivo é necessária uma adequada seleção e uso acertado das melhores estratégias didáticas,
que não poderão ser independentes do conteúdo, dos objetivos e nem
do contexto. É importante para alcançar as metas pretendidas uma estreita colaboração entre a elaboração do currículo e a escolha de estratégias didáticas.

O que significa Projeto Político Pedagógico? E para que serve?
Um “projeto” é uma “antecipação” e implica, em primeiro lugar,
uma referência ao futuro, inerente ao ato de projetar. Outro traço estrutural do conceito de projeto está ligado à categoria da pos-sibilidade. Essa competência profissional do professor, de poder an
tecipar os “efeitos” da formação que oferece a um grupo de alunos,
para atuar na sociedade “já”(no caso da EJA), e também daqui a
dez ou vinte anos (séries iniciais), levando em conta ao mesmo tem-
po as possibilidades reais desse aluno.
As adaptações curriculares no nível do projeto político pedagógico
devem focalizar, principalmente, a organização escolar e os servi-
ços de apoio. Elas devem propiciar condições estruturais para que possam ocorrer no nível da sala de aula e no nível individual, caso
seja necessária uma programação específica para o aluno.
Essas medidas podem se concretizar nas seguintes situações ilustrati-
vas:
· a escola flexibiliza os critérios e os procedimentos pedagógicos levando em conta a diversidade dos seus alunos;
· o contexto escolar permite discussões e propicia medidas diferen-
ciadas metodológicas e de avaliação e promoção que contemplam as diferenças individuais dos alunos;
· a escola favorece e estimula a diversificação de técnicas, procedi-
mentos e estratégias de ensino, de modo que ajuste o processo de en-
sino e aprendizagem ás características, potencialidades e capacidades dos alunos;
· a comunidade escolar realiza avaliações do contexto que interfe-
rem no processo pedagógico;
· a escola assume a responsabilidade na identificação e avaliação diagnóstica dos alunos que apresentam necessidades educaciona-
is especiais, com o apoio dos setores do sistema e outras articulações
· a escola elabora documentos informativos mais completos eluci-
dativos
· a escola define objetivos gerais levando em conta a diversidade dos alunos;
· o currículo escolar flexibiliza a priorização, a seqüenciação e a
eliminação de objetivos específicos, para atender às diferenças individuais.
As decisões curriculares devem envolver a equipe da escola para reali-
zar a avaliação, a identificação das necessidades especiais e providenci-
ar o apoio correspondente ao professor e o aluno. Devem reduzir ao mínimo, ao transferir as responsabilidades de atendimento para pro-
fissionais fora do âmbito escolar ou exigir recursos externos à escola.

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